sábado, 3 de maio de 2008

A FEDERAÇÃO ANARQUISTA

A formação de uma federação é um momento muito importante para o movimento libertário. A discussão a respeito, o amadurecimento da idéia, a elaboração da sua base de acordo, o envolvimento de grupos e indivíduos mostra o processo de política anárquica que tem como referências a atuação horizontal dos envolvidos, ação direta, apoio mútuo, autogestão, solidariedade revolucionária, internacionalismo, classismo combativo.
Uma federação é um elemento de união e ampliação das relações políticas combativas do anarquismo e possibilita potencializar a nossa força que é um pesadelo para as elites capitalistas nacionais e internacionais. Quanto mais união das vertentes anarquistas, maior é a chance de nossa luta e resistência aumentar, além de construir um anarquismo rico em experiências diferentes que os grupos têm. Para o processo revolucionário é importante que grupos durem e a união é um elemento para que isto ocorra.
Um exemplo histórico é a Federação Anarquista Ibérica (F.A.I.) que existe até os dias atuais. Ela foi essencial na resistência ao fascismo na Espanha. Os princípios de autogestão e classismo combativo da F.A.I. foram importantes para manter a resistência e luta dos anarquistas sindicais da C.N.T (Confederação Nacional Do Trabalho), que gerenciou zonas de autogestão nas cidades e nos campos, proporcionando o abastecimento e produção de alimentos e suprimentos para a resistência contra Franco. Além de produzir, também organizaram milícias e foram para o combate com formação de voluntários horizontalmente constituídos, o que foi visto como um heresia para os militares. A tática funcionou muito bem, contrariando os militares e comunistas, sendo que essas milícias eram colocadas em pontos chave, enfrentando a ameaça fascista. Em muitos momentos enfrentaram os fascistas e os comunistas que queriam desmontar as milícias, confiscando suas armas.
Os territórios autogestionados foram uma ameaça para os fascistas e para os comunistas (que estavam, esses últimos, ligados a Stálin), que embora aliados minoritários dos anarquistas, não engoliam a liberdade e muito menos a autogestão libertária destes territórios. Fizeram o possível para destruí-las e conseguiram, como na U.R.S.S. anteriormente havia ocorrido. Para os comunistas é preciso a "ditadura" e sem ela, nada feito ou será impedido!
O federalismo foi base de atuação, de luta e resistência na Espanha. Agora, façamos a nossa história: À luta, compas!
Texto publicado no Jornal/Informativo: "Barricada Libertária". Nº 10.

3 comentários:

contra-net disse...

cade teu orkut ?

contranet.blogspot.com

contra-net disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
contra-net disse...

eu vou linkar o teu blog com o meu, tá bem legal !

se vc quiser dá pra por contador de visitas e localização no globo dos visitantes.

abraços
zapa